Tributo a Accioly Neto
Natureza Sonhadora

Biografia

José Accioly Cavalcante Neto nasceu em 11 de julho de 1950. Pernambucano de Goiana, radicado no Recife desde os dois anos de idade, foi o caçula de uma família de 12 filhos. Aprendeu a tocar violão aos oito anos, observando os seresteiros amigos de suas irmãs mais velhas. Chegou a passar no vestibular de Medicina, mas desistiu do sonho que era da sua família para seguir a paixão pela música.

Na estrada, fez grandes amigos e se firmou nacionalmente como compositor. Cantava a política, os temas sociais, o amor, os sentimentos dos sertanejos, dos nordestinos, dos brasileiros.

Iniciou sua carreira em 1975, como vocalista dos grupos Bulldog e Big Som, no Rio de Janeiro. Nesta época, também, deu início a participações em festivais nacionais de música. No final dos anos 70, no Recife, liderou o grupo Acalanto, como baixista, cantor e compositor.

Sua primeira música com repercussão foi "Severina Cooper", fez parte da 1a. Cantoria da Música Nordestina, em 1978, e foi gravada por Paulo Diniz, o que rendeu o primeiro contrato de Accioly com uma gravadora.

A década de 80 foi grandiosa para Accioly, que foi finalista de importantes festivais, como o MPB 81, com a música "No Nosso é Refresco", firmando o seu nome como cantor e compositor. O cantor Jessé gravou várias composições suas, com destaque para "Paraíso das Hienas".

Nos anos 90, após sofrer um grave acidente, Accioly Neto se dedicou principalmente às composições. Foram cerca de 800 músicas compostas, 300 delas cantadas por artistas de todo o Brasil. "Lembrança de um Beijo" e "Espumas ao Vento" acabaram se tornando sucessos nacionais na voz de Fagner.

Accioly Neto se tornou um compositor respeitado e gravado por artistas como Elba Ramalho, Roberta Miranda, Flavio José, Santanna, Nando Cordel, Jorge de Altinho, Fábio Junior, Fagner, Renata Arruda, Falamansa, Irah Caldeira, entre outros. Teve também duas músicas como parte das trilhas sonoras dos filmes "Lisbela e o Prisioneiro" e "A Máquina".

Em 29 de outubro de 2000, aos 50 anos, Accioly Neto faleceu, no Recife, deixando uma enorme obra, que foi e continua sendo gravada e divulgada por diversos artistas no Brasil e no  mundo.